segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Moradores do Maranhão ganham casas ecológicas.

Projeto quer usar técnicas de bioconstrução.
Cada imóvel custa R$ 7 mil.

Moradores do Assentamento Ilha Grande do Paulino, em Tutóia, no Maranhão, estão sendo beneficiados com uma experiência pioneira: a construção de casas ecológicas.


Da casa antiga onde morava com o marido e a filha, Rosilene Machado só guarda a lembrança do desconforto. “Era muito pequena”, disse.


Rosilene mora em um assentamento do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na Ilha Grande do Paulino, uma das 72 ilhas do Delta do Parnaíba, localizado entre o Piauí e o Maranhão.

A agricultora foi escolhida pelo Ministério do Meio Ambiente para receber a primeira casa ecológica ilha. O projeto é piloto e faz parte do programa governamental que quer usar técnicas de bioconstrução para melhorar a vida da população da comunidade. A bioconstrução é uma técnica que usa materiais de baixo impacto ambiental.

A escolha por este assentamento levou em consideração as condições de preservação ambiental da ilha, a facilidade de transporte, os atrativos turísticos na comunidade e o fato de já existirem recursos liberados pelo Incra para a melhoria das moradias.

A casa de Rosilene foi construída em regime de mutirão pela comunidade que recebeu capacitação. Nas paredes externas, os tijolos deram lugar ao super adobe, uma mistura de terra e barro, colocada dentro de um saco de rafia. Na estrutura interna foram usados adobes tradicionais. Tudo feito na ilha e pelos moradores. Parte da madeira utilizada na construção foi reaproveitada da antiga casa de Rosilene.


Conforto térmico


A arquiteta responsável pelo projeto é Cecília Prompt, consultora do Ministério do Meio Ambiente e que foi ao Maranhão orientar a construção. Cecília explicou que a casa ecológica é perfeita para o clima da região, o que garante o chamado “conforto térmico”. "Tem vários fatores que a tornam mais ambientalmente correta, inclusive no aspecto do conforto térmico”, falou Cecília.

A casa tem cem metros quadrados, com sala de estar, copa e cozinha, banheiro e dois quartos.

A casa da família Machado vai servir como unidade demonstrativa de construções sustentáveis. A ideia é utilizar esta tecnologia para construir as outras 33 casas da comunidade e levar este projeto a ilhas costeiras do Maranhão, que são áreas de proteção ambiental.

Na Ilha Grande do Paulino moram 34 famílias que vivem da pesca e da extração do caranguejo. Como o sustento da população depende da preservação, o projeto piloto de bioconstrução ajudará a comunidade a aprender a construir agredindo o mínimo possível o ambiente.


Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL943200-5598,00-MORADORES+DO+MARANHAO+GANHAM+CASAS+ECOLOGICAS.html


Um comentário:

  1. Olá, gostaria de ter notícias atualizadas sobre como anda a implementação das bioconstruções na Ilha Grande do Paulino

    ResponderExcluir