domingo, 11 de dezembro de 2011

Brasil investe pouco em tecnologia verde

Transição para a economia verde e o papel do Brasil na Conferência Rio+20, que será realizada em 2012, foi o tema do encerramento do Fórum Nacional, promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae), que aconteceu em setembro na sede do BNDES, no Rio de Janeiro. O Fórum foi organizado pelo ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso.

O participante mais contundente foi o economista Cláudio Frischtak, que divulgou os números da pesquisa feita por ele sobre pesquisa e desenvolvimento (P&D) verde. Seus dados mostram que a parcela dos investimentos verdes em pesquisa e desenvolvimento no Brasil representa apenas 2,64% do total de gastos em P&D verde. Isso representa R$ 1,2 bilhão sobre o total de de RS 47,8 bilhões. Trata-se, segundo ele, de um esforço muito tímido para o país que vai presidir a Conferência Rio+20, ano que vem, cujo um dos temas principais é exatamente a economia verde.

O economista usou a expressão tiro no pé para se referir ao que pode acontecer se o país não entender que os recursos naturais são nossos principais ativos. “Sem isso, não vamos conseguir transitar de forma sustentável”, disse Frischtak.

Mas, no debate, houve também quem se mostrasse otimista. A mesa foi aberta pelo embaixador André Corrêa do Lago e pela deputada estadual Aspásia Camargo (PV-RJ), essa última membro da Comissão Nacional da Conferência Rio+20.

Segundo Corrêa do Lago, que é negociador-chefe do Ministério das Relações Exteriores para a conferência do ano que vem, o Brasil têm que incorporar o desenvolvimento sustentável em todas as suas esferas:

- Precisamos da aceitação pela área econômica da importância do desenvolvimento sustentável. Os ministros da Fazenda, do Meio Ambiente e de Minas e energia devem defender a importância desse conceito tanto quanto o Ministério do Meio Ambiente, afirmou.

Ainda segundo o embaixador, o Ministério da Ciência e Tecnologia está empenhado em assegurar que o Brasil tenha avanços nessa área. “Providências estão sendo tomadas e certamente terão um impacto positivo sobre a imagem do Brasil, mostrando como o País está empenhado nessa nova economia”, afirmou Corrêa Lago na palestra de abertura do evento.

(Fonte: www.oeco.com.br)

Um comentário:

  1. Definitivamente o Brasil precisa tornar mais efetivos os seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento para possibilitar a partir disso um desenvolvimento econômico sustentável para os próximos anos.
    No COP17, realizado em Dubai, foi divulgado um relatório que revelou o Brasil na 6° posição no Ranking dos países que mais liberam gases poluentes na atmosfera para a geração de energia. Infelizmente, entre 2009 e 2010, o Brasil liberou cerca de 1.144 megatoneladas de CO2 na atmosfera. Os primeiros países no Ranking são China, 9.441 megatoneladas e EUA com 6.539 megatoneladas de CO2 liberados.

    Fonte:
    http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/brasil-sexto-maior-emissor-gases-poluentes-setor-energia-cop17-648185.shtml

    ResponderExcluir